terça-feira, 27 de maio de 2008

Estágios evolutivos da leitura da imagem segundo Michael Parsons:

Michael Parsons escreveu estudos sobre os estágios da Leitura de Imagens pelos quais passamos desde a infância. Abaixo seguem as descrições destes estágios de forma resumida.

Primeiro estágio: No primeiro estágio, analisa-se a imagem isoladamente, sem fazer relação com os elementos. A observação gera uma memória associativa, levando a lembrar, de uma outra imagem. O tema e a cor são os elementos mais importantes no primeiro estágio. A criança não se preocupa se a imagem é abstrata ou figurativa, desde que tenha cores luminosas, nítidas e abundantes. Seu juízo de valor está diretamente ligado às suas emoções e às suas experiências. Ela gosta, porque descobre algo na imagem que possui alguma relação afetiva com a sua vida. Sendo assim uma leitura bastante egocêntrica que considera apenas o próprio ponto de vista.

Segundo estágio: Já no segundo estágio, os vários elementos que estabelecem relação entre si, nos remete a criar uma nova história que vai explicar o todo. A imagem no segundo estágio não chama tanto atenção. As concepções que estão em destaque são a beleza e o realismo, a beleza está em evidência, pois a imagem é bela, e o tema também é belo. Uma outra característica relevante são as reações negativas. O leitor da imagem aceita o que o artista pintou, mas não entende o porquê daquela pintura. Ele julga também o tema, os personagens, e o quadro como todo em único juízo. Outro ponto relevante nessa etapa é o realismo, a criança começa a comparar o tema com o mundo real, o realismo é o critério. Ao final do segundo estágio, já se tem os conceitos da imaginação, originalidade, inspiração e a expressão.

Terceiro estágio: No terceiro estágio a beleza e o realismo não são mais critérios para analisar a obra, o tema também é visto agora como um objeto físico. O que predomina no terceiro estágio é o subjetivismo, um sentimento, uma intenção. O realismo perde atração, o que queremos com a obra é sentir alguma coisa, a expressividade que cada obra vai apresentar. A expressão é essência estética nas obras. As chave da leitura da imagem são agora os sentimentos, a idéia, o ponto de vista, a mensagem e a emoção. A análise das obras é mais emotiva do que cognitiva.

Quarto estágio: No quarto estágio a organização e o estilo da obra que vai chamar atenção, e a forma como ela foi distribuída no quadro, vai passar uma impressão de compreensão da obra no todo. A interpretação que predomina, pois cada indivíduo vai interpretar e compreender de uma forma diferenciada. O diálogo com o universo coletivo artístico vão ser os elementos essênciais na compreensão e na interpretação das imagens e das obras.

Quinto estágio: No quinto estágio o juízo de interpretação e compreensão está mais apurado, pois a interpretação é a reconstrução do sentido do juízo e avaliação do valor que a obra transmite. O indivíduo no quinto estágio elabora significações cada vez mais complexas sobre as obras, e sobre as imagens, reflete um crescimento na interpretação e alcança, cada vez mais, um maior grau de autonomia em relação ao que é apreciado.
Partindo do resultado do último trabalho da disciplina de História da Arte, em que cada um apresentou uma imagem para duas pessoas, e levando em consideração a leitura que cada pessoa fez da imagem apresentada, responda: Em que estágio você identifica que estas pessoas estão? Justifique.
Elabore a sua resposta e envie por e-mail para a Profª Elenir:
elenir.m@gmail.com

Referências:

ROSSI, Maria Helena Wagner. Estágios evolutivos da leitura da imagem segundo Michael Parsons. Oficina de leitura da Imagem, realizada no Seminário A imagem no ensino da Arte. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Sites Consultados:

www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/cgi-bin/PRG_0599.EXE/7000_4.PDF?NrOcoSis=19908&CdLinPrg=pt

http://w3.ufsm.br/ppge/def_let_07.pdf

http://www.dgidc.min-edu.pt/inovbasic/edicoes/noe/noe52/dossier4.htm

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Leitura de Imagem

A questão da relação visual com a imagem é a primeira a ser bordada na caminhada até sua leitura propriamente dita. Ela revela diversas facetas, quando se trata de ensino aprendizagem da arte. Uma delas é a relação do tempo de ver e do olhar do sujeito-aluno diante da mesma imagem. Outra é a do tempo de ver do sujeito-educador.” (BUORO,p.43,2002).

BUORO, Anamelia Bueno.Olhos que pintam: a leitura da imagem e o ensino da arte.São Paulo:Educ/Fapesp/Cortez, 2002.